9 de novembro de 2007

A Velocidade das Coisas

Em relação aos comentários a este post:


O que fazer quando, talvez acidentalmente, nos envolvemos com alguém, mas, querendo ou não, ainda nos sentimos emocionalmente ligados a outra pessoa? E falo mesmo no sentido emocional, porque penso que a parte sexual seja a mais fácil de superar, embora que muito estranha.

Hoje andei num turbilhão de sentimentos e pensamentos. Ora cantava em altos berros e alegremente enquanto conduzia, ora entrava na maior das melancolias.

Tenho sido o mais honesta possível, tentando não magoar os sentimentos de ninguém, mas sinto que não estou a ter os meus verdadeiros sentimentos em conta, e que no final, quem vai sair magoada serei eu.

Disse aqui que queria acreditar que a diferença de idades entre as duas pessoas numa relação não tinha de ser uma coisa importante.
Na minha última relação, existia uma diferença de idades de 7 anos, sendo ele o mais velho.
Nesta pseudo-relação, que teimo em não iniciar e que para mim já vai com andamento a mais, existe uma diferença de idades 5 anos, sendo eu a mais velha.
Agora adivinhem em qual delas eu sinto mais diferenças... mas quero pensar que o problema, se é que existe algum para além do que eu crio na minha cabeça, não estará aí.
Aquilo que sinto, quando sou mais sincera comigo mesma, é a velha comparação da vida com uma viagem de comboio, cheio de embarques e desembarques. (Talvez assunto para o próximo post, esse texto que recebi há já algum tempo por mail, mas que tem ficado guardado nas minhas memórias).

Dizem que o tempo tudo cura, e a distância ou a ausência fazem milagres, mas o que é certo é que quando essa distância desaparece, tudo muda, todas as coisas más desaparecem, todas as certezas que penso ter, desvanecem-se.



Robert Redford, diz no final do filme Proposta Indecente:

-She never would have looked at me the way she did at him.

É só isso que sinto... que nunca nada terá a mesma intensidade, que nunca serei a mesma pessoa que fui nos últimos cinco anos. E só lhe tenho a agradecer o ter-me tornado numa pessoa melhor, na pessoa que sou hoje.

Sem comentários: