24 de dezembro de 2008

Capital, o Natal e a Crise!

Ontem tive de ir a Lisboa. Depois de tratar dos assuntos que lá me levaram, passei no Colombo para ir fazer umas compras. Não daquelas de última hora, mas sim compras normais.
A pergunta que me acompanhou durante as cerca de 2 horas em que me encontrei lá dentro foi:


"Afinal, onde é que anda a crise?!?!?!"


Milhares, sim, milhares de pessoas às compras! "Já tenho quase todas, só falta a do pai" "Olha este casaco tão lindo para a Cátia Vánessa, em roxo que é uma cor que está muito na moda" "Vai tudo corrido a agendas" foi o que eu ouvi até achar melhor para a minha sanidade mental cravar os fones nos ouvidos e ligar o mp3. Mesmo assim foi dificil não reparar na quantidade de pessoas que agarrava no "Equador" de Miguel Sousa Tavares ou no "A Viagem do Elefante" de José Saramago. Será que não têm mesmo originalidade, ou não se querem dar ao trabalho. Por acaso comprei um livro para oferecer ao meu pai, mas estive quase 40 minutos a dar à volta às prateleiras da FNAC para encontrar aquele que eu achava que seria o ideal. Realmente tinha sido muito mais proveitoso em termos de tempo, ter agarrado no Equador e dirigir-me à caixa, mas não sou capaz de o fazer.
Posso não dar muitos prendas, mas as que dou, têm de alguma forma identificar-se com a pessoa em questão.
Entrar em lojas como a Bershka, a Stradivarius ou mesmo a Zara foram quase uma missão impossível. Gajas e gajos aos berros, roupa espalhada pelo chão, dezenas de pessoas em fila para a caixa, empregados desorientados e eu lá no meio que só queria encontrar umas calças de ganga que me servissem depois da minha queda e imobilização me terem tirado uns quilinhos de massa muscular.
Filas para pagar, filas para embrulhar, filas no multibanco, filas para mijar... e se em vez disso ficassem em casa a dar alguma atenção à tia-avó que veio de Cabeceiras de Basto para passar o Natal em familia e deixassem a Tulicreme a fazer as comprinhas dela sossegada da vida sem ter de gramar com gente aos encontrões e a falar muito alto. Era muito mais engraçado...

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